COMO SE algo lhe buzinasse nos ouvidos que aquele seria seu último fevereiro, Afrânio Lemos, sempre bem acompanhado,
divertia-se a valer naquele carnaval de 1952.

No sábado foi ao baile do Clube de Aeronáutica, ocasião em
que foi visto por Marina e Alberto. Nos outros dias, Afrânio
esteve na AABB e no Clube dos Caiçaras, conforme testemunhos
de amigos e conhecidos. Com o sexo feminino, o cabra não era
fraco, varrendo tudo que encontrasse pela frente e que vestisse
saia. “Grandes possibilidades”, dizia a si mesmo enquanto com
os dedos alisava o bigode igual a Tonico Bastos.

VALENTIM, Antonio. O Misterioso Crime do Sacopã, pág. 59 e 60. Maringá: Viseu, 2022.
ATÉ HOJE o crime ainda repercute.
“Aí começou a fama do polêmico Leopoldo Heitor.” Nelson Rodrigues Filho
“Lembro do crime e até hoje continua assim ;os verdadeiros culpados nunca aparecem e sempre arranjam um culpado para pagar aquilo que não fez.” Guiomar Clapp
“Caramba! Esse caso mexeu com todos na época. As mocinhas de então eram fãs do lindo Tenente Bandeira! Marina e o morto, Afrânio, eram os nomes dos outros dois. Nasci em 1941; era bem jovem na época e torcia muito pelo mocinho, o Tenente Bandeira. Um dos casos que lembro bem.” Geni Mello
L.s.N.S.J.C.!
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