ÀS DEZESSETE horas de 16 de maio, o tenente Bandeira comparecia à delegacia do 2º DP. Definitivamente o jovem oficial entrava para o caso como o único suspeito do crime. Uma pequena multidão de repórteres, fotógrafos e curiosos o aguardava. Desceu do táxi e, acompanhado da pequena multidão, encaminhou-se à delegacia. Um homem aplicou-lhe uma cusparada no rosto.

“A multidão que aguardava o ato judicial começou então a forçar a porta da sala. Senhoras, moças e mocinhas estavam comprimidas no meio da massa compacta e a muito custo pôde a guarda contê-las, tal o estado de espírito em que se encontravam. De momento a momento ouvia-se um grito – era mais uma senhora que fora pisoteada ou ficara imprensada junto à parede. Várias foram as que, não resistindo, desmaiaram, sendo a custo retiradas do aperto”.
VALENTIM, Antonio. O Misterioso Crime do Sacopã, páginas 98 e 131. Maringá: Editora Viseu, 2022.
ALGUNS COMENTÁRIOS:
O crime teve tanta repercussão não época que apesar de ter 10 anos de idade na época lembro perfeitamente da comoção que causou.
Sônia Maria Rocha

Como muitas dessas mensagens, posso contribuir dizendo que à época, com quinze anos (podem fazer a conta), eu morava na Hilário de Gouveia, rua da Delegacia. Fui assistir a chegada do tenente Bandeira considerado galã pelas mulheres. A rua ficou interditada. Muito se falava e muito se cogitava. Espero que no seu livro saia a real trama e o real culpado.
Regina Lúcia de Carvalho Fonseca

Um escândalo que abalou a sociedade!
Armando Brito Chermont
Não precisa ser investigador. Tá na cara que foi o corno que matou o Afrânio. O mais difícil é saber qual dos CORNOS mandou ou matou o incorrigível conquistador.
Carlos Adolpho Cavalcanti
L.s.N.S.J.C.!
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